Desde algum tempo, li um pensamento do Servo de Deus Pe. Airton Freire que dizia mais ou menos assim:
“Se não ter quando se tem que ter pra dar causa extrema dor, ter mãos cheias sem ninguém para receber e desesperador...”
Essas palavras caíram como luva na compreensão de um certo desespero que as vezes sentia...
“Se não ter quando se tem que ter pra dar causa extrema dor, ter mãos cheias sem ninguém para receber e desesperador...”
Essas palavras caíram como luva na compreensão de um certo desespero que as vezes sentia...
É fato que sempre, e não houve em minha vida um só segundo em que fosse diferente, fui agraciado com muitas pessoas que me amavam e para eu amar... Nesse bem pelas pessoas está parte da minha vocação...
Mas me dei conta de que não fiz uma boa distribuição de “bens” (entendidos aqui como os regalos do coração), acabei por dedicá-los a algumas pessoas em detrimento de outras.
Daí a confusão...
Nem sempre as pessoas a quem eu destinava esse bem estavam dispostas a recebê-lo fazendo com que eu me melindrasse... Aí o conhecimento do desespero do pensamento do Airton, e a milionésima porcentagem de compreensão do “Tenho sede” do Cristo Crucificado.
Egoísta, só conseguia ver a minha ação de sentir cair por terra todo o bem que dispensava e a dor conseqüente desse desperdício...
Cego pela erva daninha do egoísmo, precisei ser amado de forma desinteressada e sincera para poder enxergar que, semelhante aos que me faziam sofrer pela indiferença, era eu causador de semelhante mal quando, dado a momentâneos apegos, deixava cair por terra bens de incalculável valor a mim dispensados por alguns que, sem o devido reconhecimento, ao meu lado andavam.
Que gozado!!! Algumas das coisas que mais nos causam dor são justamente as que impomos como pena aos outros...
Fica então uma oração de aprendizado para mim e por todos os que amo:
“Que o Amor maior nos conceda a graça de sermos um BEM gratuito para todos”. Amém